Poesia & Poesia
Poesia bilingue - italiano e portoghese brasiliano.
Vera Lúcia de Oliveira (Maccherani)
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Note critiche su

A porta range no fim do corredor

di Vera Lúcia de Oliveira

 Scortecci, Saõ Paulo, 1983

Testi critici di  Carlos Drummond de Andrade, Moacyr Felix, Oswaldo França Junior Cacaso

"A porta range no fim do corredor"

Carlos Drummond de Andrade

“Quero é agradecer ... o poema "Vasto Mundo", tão lindo para mim, que estou dentro dele. Obrigado, Vera Lúcia."

(Carlos Drummond de Andrade, comunicazione personale, 1982)

Moacyr Felix

“Passei o final da tarde de ontem a ouvir você em seus poemas. Li-os com a melhor atenção, a princípio, e depois com o meu melhor carinho, já que as suas palavras e os seus versos, os significados da sua existéncia neles traslúcida, deram-me a certeza de estar conversando com alguém que sente e se expressa como poeta, ou seja, recriando-se em rosto próptio sob a sombra dos seres e das coisas. ...

A porta range no fim do coredor: é mais você, seus desencantos, seus cortes inesperadamente duros na moleza das horas."

(Moacyr Felix, comunicazione personale, 1982)

Oswaldo França Junior

“Na maioria das vezes sua poesia é tão delicada que fico com pena de não ter sentado ao seu lado, quando estive aí, para conversar muito tempo. Tenho certeza que passariam horas e horas 'sem que eu desse pro mim'. E tem versos de uma sensibilidade tão grande que, sinceramente, como diz você, 'eu me calo'.

A  poesia perturba, sim, mas é o preço que pessoas como você pagam por terem as antenas da percepção tão sensíveis, capazes de sintonizar tanta coisas suaves, belas e quase imperceptíveis."

(Oswaldo França Junior, comunicazione personale, 1982)

Cacaso (Antônio Carlos Brito)

(...) Bem diversa é a atitude de Vera Lúcia de Oliveira, com A Porta tange no Fim do Corredor. Vera Lúcia concebe o poema como uma espécie de lição de casa, exercício responsável e caprichoso. Seus modelos são Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira, pesquisados na forma e no caráter. A poeta quer ser como seus modélos foram, ou são: por isso faz pose. Vera Lúcia denota um amadurecimento precoce, algo como urna adolescência posando e experiente; misto de imitação e !entidade própria. A tristeza, assim orno o tédio, torna-se um estado psicológico permanente, meio postiço, meio autêntico, que vai encontrar a poesia uma forma de evasão e de superação. O sentimento é fingido mas, o fingimento é verdadeiro. O tempo do poema é lento. A atmosfera é silenciosa. Como em “Canto triste”: “Ri nas coisas o meu riso / Não ri em mim...” Ou nos versos: “Sentia tanta honestidade em existir naquilo tudo / tanta mansidão / que me calei”. O poema é uma quebra do silêncio e, ao mesmo tempo, uma forma do poeta silenciar. Por isso é conciso, econômico, ponderado, numa busca de essencialidade de visão e de forma. A verdade é uma aparência e uma intuição interior. Vera Lúcia sente a dor que deveras finge. Essa atitude poética, baseada na escuta e na observação, na referencialidade a modelos, não deixa de ser anti-ilusionista. A pose não faz pose.

(Cacaso, "Poesia feminina entre o mosaico lírico e um mundo sem musas", Folha de São Paulo, Brasile, 1/7/1984)

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(by Claudio Maccherani )